quarta-feira, 15 de junho de 2011

15º Congresso da UMES Belém: É preciso ir às ruas pela reforma das escolas!

Gabriel Cunha e Rayssa Machado

Aconteceu no sábado, dia 11/06, no Colégio Ideal o 15º Congresso da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Belém (UMES). Participaram do fórum cerca de 300 estudantes de várias escolas de Belém, Ananindeua, Outeiro, Icoaraci e várias outras áreas da região metropolitana. O Coletivo Vamos à Luta participou do congresso, pautando a necessidade imediata do movimento estudantil começar uma campanha pela reforma das escolas da rede estadual de ensino, bem como mais verbas para as escolas poderem investir na qualificação dos professores, o apoio a luta desses em sua campanha salarial, os 10% do PIB pra educação e contra os cortes de Dilma e Jatene na educação.

Infelizmente, a direção majoritária eleita no CONUMES (UJS, JSPDT e JPT) representa os mesmos setores que puseram a entidade no marasmo e não ajudou as principais lutas no movimento estudantil nos últimos anos na capital paraense. Os setores da oposição saíram com duas diretorias: Vamos à Luta (Coordenação de Movimentos Sociais) e Contraponto (Coordenação de Combate às Opressões).

Majoritária da UBES não consegue blindar o governo, o corte no orçamento aprofunda a crise da educação
O corte do governo Dilma de 3,1 bilhões do orçamento da educação, somado ao do Governo Jatene e o projeto desses governos para a educação foram partes centrais dos debates no congresso. O próprio presidente da UBES, Yann Evanovick, que participou do CONUMES teve que reconhecer os problemas existentes na política do governo federal através do ENEM e do PRONATEC que seguem sendo formas de limitar o acesso ao ensino superior e de transferir para iniciativa privada vagas que poderiam ser públicas em troca de isenção fiscal no ensino técnico. Mesmo assim, o presidente da UBES contraditoriamente insistiu em dizer que houve avanços nos últimos anos. Nós do Vamos à Luta apontamos nossa crítica, diferente da majoritária da UMES e UBES, para além de pontuar pequenos problemas. O governo tem um projeto para educação que consiste na precarização da qualidade do ensino, por isso vai aplicar projetos que sirvam de maquiagem para o caos que é a situação do ensino no país. PROUNI, REUNI, PRONATEC e ENEM são as ferramentas que o governo Dilma tem para iludir a juventude brasileira. A maioria dos estudantes seguem entrando em universidade particulares em que a qualidade do ensino é a pior possível e o ensino médio tem amargado a falta de qualidade com bibliotecas precárias, escolas caindo aos pedaços e falta de professores. Essa é a realidade da educação brasileira.


Começar agora a luta pela reforma das escolas!
É preciso agora organizar a luta dos estudantes para depois do CONUMES. A situação das escolas segue um caos e o congresso aprovou a proposta da oposição de realizar uma campanha pela reforma das escolas que culmine num ato na secretaria de educação. Ou a UMES organiza essa luta como sua primeira tarefa para derrotar a política de sucateamento da educação do governo Jatene (PSDB) ou os estudantes não irão esperar essa entidade para defender seus direitos. O Vamos à Luta, o Grêmio UG e o Grêmio JAM fazem um chamado a todos os setores do movimento estudantil a começarmos pra já a organização de um calendário que fortaleça a luta dos estudantes secundaristas de Belém em defesa de uma educação de qualidade. O tempo não pára, por isso, Vamos à Luta.

- Reformas das Escolas já!
- Implantação do PCCR dos professores!
- 10% do PIB pra educação agora! Não esperar 2020 como propõe o Novo PNE (Plano Nacional de Educação)
- Por transporte público de qualidade!
- Contra os cortes de Dilma e Jatene na educação!
- CPI Já na ALEPA!


Leia a tese Vamos à Luta no 15º Congresso da UMES Belém



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